domingo, 12 de maio de 2013

I Torneio de Bilhar do CPN


Foi dada na passada sexta-feira a “tacada de saída” do excitante “I Torneio de Bilhar CPN”, cuja jornada apenas culminou no sábado de manhã. Regista-se com alguma curiosidade, que determinados jogadores adaptam-se melhor às condições atmosféricas nocturnas, do que as oferecidas pelo ozono matinal! À consideração, pois, dos especialistas em fisiologia desportiva…
Numa das partidas mais aguardadas da jornada, defrontaram-se João Leite e Joaquim Brito. Pleonasmo: “defrontaram-se” não é a palavra indicada para exemplificar o que ocorreu no terreno de jogo, tal a superioridade demonstrada pelo super-favorito João Leite, o qual se habituou já a “despachar” adversários em 10 minutos! Um caso sério de competência desportiva neste torneio e um aviso à navegação! Esperemos que a sua excessiva autoconfiança não o atraiçoe… Um Joaquim Brito sem chama de campeão e um exemplo de “publicidade enganosa”, de favorito inicial passou rapidamente e sem glória, para a 2ª divisão. A rever os critérios dos “cabeças-de-série” da organização, para futuros torneios…
Renato Horta… O que dizer deste brilhante jogador, já “condenado” à descida de divisão pela maioria dos pseudo especialistas, mas que, num assomo de raiva, derrotou um Paulo Caldas super confiante, que falhou escandalosamente nos momentos cruciais… “Minds Games” à vista? Renato Horta está aí para discutir a passagem ao quadro seguinte da competição com Pedro Mateus, pelo que se adivinha um jogo electrizante… A não perder!
Na sua caminhada segura para o título, Armindo Alves derrotou um Augusto Figueira nervoso e exibindo um jogo temeroso, mas seguro. Perdendo fácil e rapidamente o 1º jogo, Augusto Figueira arrancou para o 2º  muito determinado e apoiado pelo imenso público, sempre hostil ao seu super favorito adversário, terminando o jogo em nítida divergência de opinião com as bolas, metendo a “preta” e a “branca”… Carinhosamente, o público presente agraciou o vencido com o epíteto de “bola branca”!
José Barros derrotou com alguma dificuldade um Rui Pereira inconformado, que jogava a sua eventual qualificação. Um jogo sem grande história, realçando-se a qualidade bilharistica de José Barros, o qual vai passando despercebido e afirmando-se, cada vez mais, como um sério candidato á victória final no torneio. A rever com particular atenção!
Um Rui Neves mais inspirado do que na jornada anterior e fazendo juz à sua máxima: “só posso contar com a sorte e o azar”, demonstrou uma cruel frieza e enviou o seu particular amigo Manuel Almeida para a 2ª divisão. Este, percepcionando-se nitidamente que é/foi um virtuoso nesta modalidade, mas actualmente ligeiramente enferrujado, não conseguiu contrariar as habituais jogadas desconcertantes de Rui Neves e perdeu por 2-0. Lamentávelmente e mais uma vez, foi impedido de regressar a casa após nova derrota…
Outro dos favoritos (ou nem tanto) à conquista do torneio, Agostinho Pinto, derrotou dificilmente um Jorge Mamede em crescendo de forma, mas já tarde para uma eventual qualificação. Assistiu-se a um jogo peculiar: o favoritozinho Agostinho Pinto, em evidente má forma física, técnica e psicológica, mas com notório excesso de confiança, acumulou erros em cima de erros, até que, em desespero de causa e para espanto geral, chegou a utilizar sete (7) tacos diferentes (!!!!!) para conseguir ganhar o jogo, dando oportunidade a Jorge Mamede de levantar a pertinente dúvida: “não deveria haver um limite de tacos utilizados em cada jogo?”…
Outro sério candidato, Victor Carneiro, alheio a todas as polémicas e tentativas de destabilização vindas de um sector do público, foi implacável com a jovem promessa Pedro Mateus, “despachando-o” com um frio 2-1, após excelente reacção deste adversário. Pedro Mateus tem ainda uma oportunidade de se qualificar, no sentido de levar o “perfume” do seu jogo ao quadro dos melhores… A excelente performance competitiva de Victor Carneiro faz adivinhar futuros confrontos muito interessantes, quiçá, com Agostinho Pinto…
Também alheio a folclores taquisticos, o super favorito Armindo Alves antecipou a 3ª jornada, jogando implacávelmente, a pedido da organização (talvez empenhada em ver “despachado” rapidamente para a 2ª divisão o seu adversário), um concentradissimo Luís Loureiro, o qual discutindo a sua eventual qualificação, conseguiu arrancar diversos “chouriços”, não conseguindo, mesmo assim, contrariar a manifesta superioridade do candidato, sendo derrotado por um esmagador 2-0.  
Adivinha-se já uma feroz competição na 2ª Divisão deste magnifico torneio, com os irreverentes Augusto Figueira, Joaquim Brito, Rui Pereira, Jorge Mamede e Luís Loureiro na linha da frente da descida, aos quais se juntarão brevemente alguns companheiros de desventura. 
Em jogo/exibição, “fora torneio”, e em jeito de brinde ao muito público presente, Agostinho Pinto desafiou para um jogo os super favoritos Victor Carneiro e Armindo Alves, terminando “Cristo”… Sem história!

AFA (correspondente do “Norte Desportivo”)

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