terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Familia "CEPAS"




"O Inverno do nosso Basquetebol, é normalmente o momento das primeiras decisões, este Inverno foi para mim muito especial, porque voltei a sentir as fases finais dos escalões jovens por dentro, coisa que já não sentia directamente há alguns anos. O Inverno de 2012-2013, será com certeza recordado, pelas gentes do CPN, como um Inverno especial, não sei se será a 1ª vez ou não, mas conseguimos vencer todas as competições distritais na mesma época será algo ao alcance de poucos, e algo que poucos alcançaram no passado.

O espírito que reina no seio da equipa técnica do clube, que mais do que um conjunto de treinadores, é uma verdadeira equipa, a disposição de entreajuda, de crítica frontal e construtiva, e de presença nos bons e nos maus momentos, é uma das coisas que esperava encontrar quando voltei, e que encontrei, ainda acima das expectativas.

O sentimento de pertença a algo maior do que uma só equipa, que reina, nas nossas jogadoras, as juniores e as cadetes a festejarem as vitórias das iniciadas, as iniciadas e as cadetes a festejarem as vitórias das juniores, as iniciadas e as juniores a festejar a vitória das cadetes, é algo, que mais do que positivo, é decisivo para o crescimento, do clube, porque mais tarde ou mais cedo algumas delas vão-se encontrar numa equipa sénior que o clube terá de formar.

A existência de um conjunto de pessoas, ligados, formal ou informalmente ao clube que todos os dias fazem algo para sermos um pouco maiores, sem necessidade de se mostrarem, sem quererem protagonismo.

O apoio de um conjunto de pais dedicados, que mostram uma grande disponibilidade, e um sentimento de pertença também eles a um todo, faz com que a família CPN, seja isso mesmo uma família, acolhedora, com problemas, como todas, mas onde os problemas se resolvem na procura do melhor para algo maior do que nós mesmos.

Acho que nos está a faltar uma pequenina coisa, não tenho visto as nossas veteranas pelo pavilhão, gostava de as ter no nosso pavilhão, a ver as nossas miúdas, volta e meia a dar-lhes uns conselhos, uns beijinhos, porque o nosso clube tem um passado, o Basquetebol Feminino, do clube tem mais 30 anos de história.

Gostava de um dia entrar no pavilhão e ver lá, e desculpem que obviamente não vou conseguir colocar todos os nomes, a Olga Maia, a Daniela Belém ou a Rosário, a Eliana Sousa ou a Ana Cristina Nunes, a Diana Moreira a Filipa Coelho ou a Gisela, a Andreia Silva ou a Susana Loureiro, a Joana Catarina, ou a Raquel Jacinto, a Sílvia Queiroz, a Carla Nunes ou a Tânia Moreira, a Diana Gonçalves ou a Vanessa Soares. Como hoje vi, em Matosinhos, a Anabela Martins e a Raquel Tato, e como vejo muitas vezes a Alexandra Meinêdo.

Uma família não pode deixar cair os seus “velhos”, mas os “velhos” também não podem deixar de ir visitar os seus, e por muito tempo que passe, a família é sempre a família, e eu acho que a nossa família sente a vossa falta."

Rui Gomes


3 comentários:

  1. Confesso que fiquei arrepiada com este texto. Só quem passou pelo CPN é que percebe estas palavras e este espirito. (Percebes agora Chico?)
    É com orgulho que vejo estas ''miudas'' a viver o basket como em tempos eu já vivi: de forma incansável. É assim que se vive o basket no CPN.
    Infelizmente só acompanhei um jogo do CPN este ano e confesso que não me desloquei para vê-lo. E foi maravilhoso ver que nada mudou, mas tudo melhorou. Estar a ganhar por 60 pontos na primeira parte não é motivo para não se levar um (grande) grito por parte do Gusto, porque não fomos ao ressalto ou porque nos desleixamos e tomamos o jogo por garantido.
    Só posso deixar o meu agradecimento ao Gusto, ao Rui, ao Romão e de forma indirecta ao Paulo, ao Ricardo e a outros tantos como o Renato e o Sergio, por fazerem de mim a pessoa que sou hoje. Foram parte do meu crescimento e de toda a minha educação.
    Parabéns às Cepas, a vós treinadores e ao grande CPN, que me deixa de lagrimas nos olhos sempre que penso na minha infância.
    Acho que não terei grandes palavras para dar às ''miudas'', porque vejo que elas têm um espirito que eu nunca tive e que nada posso acrescentar.
    Mas prometo que vou acompanhar a fase nacional e que vou passar para ver uns joguitos no grande pavilhão.

    Espero continuar a ver o CPN brilhar, mesmo! Como vi no facebook da Francisca: ''CPN um segundo, CPN sempre''. Não há clube que nos complete mais.

    Beijinhos para todos.

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  2. Excelente texto do Rui Gomes, também adorei o comentário da Vanessa Soares bem como muitas manifestações de carinho recebidas nos últimos tempos.

    Claro que o CPN não seria o que é sem a colaboração/participação de TODOS. Quando falo de TODOS refiro realmente TODOS.

    Se alguém se destaca por ter uma ligação maior ao CPN ou por um feito mais relevante, foi certamente devido à existência de TODOS os outros.

    Desde a atleta que teve uma passagem efémera pelo clube, até à que conseguiu continuar a prática da modalidade até onde a idade lhe permitiu, mesmo fora do nosso clube a qualquer nível, os país e familiares de atletas, os colaboradores, seccionistas, dirigentes, treinadores, patrocinadores, os nossos adversários valorizam as nossas conquistas e derrotas, os leitores dos nossos blogues, sites, facebook, etc... são importantes e estão no nosso coração.

    Aqueles que por mais diversas razões podem até ter deixado de estar presentes ou aligeirado a sua ligação ao basket do CPN ajudaram em muito o CPN a crescer e se tudo correr normalmente continuará a crescer.

    Depois é reconfortante ver a festa nos momentos de alegria em que TODOS partilham e celebram as conquistas de TODOS.

    Beijinhos e abraços para todos

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  3. "... Como uma força, Como uma força
    Como uma força que ninguém pode parar
    Como uma força, Como uma força
    Como uma fome que ninguém pode matar
    Forca! Forca! Forca! Forca! ..."
    Nelly Furtado




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